Os trabalhadores agrícolas, inclusive os migrantes, não sofrem apenas de problemas de saúde ligados ao modo de produção industrial. Muitos deles também são vítimas de violações das leis trabalhistas e dos direitos humanos. Eles recebem salários inadequados, têm que viver em condições insalubres e trabalhar em condições análogas à escravidão ou extremamente perigosas.
Um exemplo é a situação dos marroquinos que trabalham nas plantações de morangos da província espanhola de Huelva, que exporta em grande parte a fruta para a Alemanha, Reino Unido e França.
Frequentemente, as mulheres sofrem com condições de trabalho e de vida muito piores do que as dos homens. Isso ocorre porque o sistema alimentar dominante se reproduz e muitas vezes exacerba as desigualdades de género que estão enraizadas no patriarcado. Este sistema baseia-se na distribuição desigual de poder entre homens e mulheres em detrimento delas, já que que as mulheres frequentemente se dedicam ao cuidado não remunerado da família e ao trabalho doméstico.